....................Emerson, Rose, Edmar e Irma.....................................................Irma e Simone......................
Como uma experiência diferente pode melhorar a qualidade de vida e reduzir o preconceito e a desigualdade entre as pessoas
Manicômio e hospício sempre foram lugares que as pessoas querem manter a maior distância possível. Afinal as imagens e as informações que nos são transmitidas desses "estabelecimentos" nunca foram tão agradáveis, diria mesmo, sempre foram veiculadas como locais em que pessoas sub-humanas devem viver e lá permanecer, cada vez mais longe da "sociedade normal".
Pois é. Um jalesense que deixou a terrinha já vai para quase vinte anos, resolveu – ao menos tentar – contribuir para a mudança deste cenário. Os mais ligados ao esporte certamente lembram-se dele: o tempo era a segunda metade da década de 80; o local eram as quadras de futsal de Jales e região – especialmente da quadra coberta da Escola Euplhy Jalles, quando ainda o troféu de janeiro era "Alberto Gandur"; ele é Edmar Batista, apelidado por muitos por "Garça" devido sua aparência esguia.
Jogou ao lado de vários conhecidos da época: biscoito, daltinho, Kasuto, pezão, bozó... e também contra tantos outros: Olimpio, Norair, Wilson Colombo.... dentre tantos outros.
Mas a vida passou e Edmar deixou Jales, em busca de melhores oportunidades. Depois de estar no mercado de trabalho na capital Paulista, acabou ingressando no Sistema Penitenciário na cidade de Franco da Rocha, onde já residia e com família constituída, ao lado da esposa Luciana e do filho Daniel.
Sempre retornando à Jales para rever seus familiares – seu pai Lécio Batista, sua mãe Sebastiana Rafael, seus irmãos Lécio Filho, Edson Edgard. Marcela e sua sobrinha Gretta – e também seus amigos e amigas, algumas iniciativas e experiências acabaram chamando sua atenção.
Reviu algumas – Ziquinho, Dalua, Jaime, Genésio Seixas... – e conheceu outras tantas pessoas – Josmar, Bolinha, Toninho, Nezão, Odair, Celso, Broetto, Ana Paula... – que estavam engajadas em projetos sócio-ambientais, através da O.N.G. Ecoação, da qual seu irmão Edson era e é integrante. Sempre atento e crítico, aos poucos foi se inteirando do formato e da condução dos projetos.
Voltando para a sua realidade cotidiana, no local de seu trabalho – manicômio judiciário em Franco da Rocha – verificou que um projeto envolvendo o viés ambiental seria possível de ser implantado. Afinal o prédio é localizado próximo a uma reserva ao lado da represa de Mairiporã - que abastece uma grande área, que envolve a região metropolitana e boa parte da capital paulista - e os pacientes destes locais sempre se viam ressentidos de atividades que pudessem completar suas terapias.
Apresentou a iniciativa à direção, que de imediato comprou a idéia. Buscou parcerias, envolveu pessoas e, no último dia 21 (sexta-feira passada), realizou o lançamento do projeto "Doidos pela Natureza", cujos objetivos principais são, num primeiro estágio, contribuir com o tratamento dos pacientes e, num segundo momento poder contribuir com o entorno. Um viveiro de mudas já está sendo implantado, com o envolvimento dos pacientes, de funcionários da Unidade e de pessoas da comunidade.
Edmar confessa: "não sei se é uma experiência inédita; sabemos que as dificuldades não serão pequenas, por isso queremos envolver mais Instituições e pessoas". Uma outra estratégia é promover intercâmbios com outras iniciativas: a Ecoação e seus parceiros são os primeiros.
É mesmo uma coisa de doido. Mas neste mundão de meu Deus quem será que é mais são?
É isso ai EDMAR obrigado por tudo e aguardamos o próximo Evento e ações sociais, nós do HCTP II FR Agradecemos!!!
Antonio Vieria, Valdenir Lucato..................................................... Emerson Cardoso
